quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Nem todo inverno é tristeza, porém toda primavera é verdade.

Nem todo inverno é fraqueza,
ou toda primavera é vaidade.

Os planos feridos do seu ser,
as dores profundas em seu coração,
o inverno que logo irá partir.
O desejo paralisado  de viver
o abismo secreto da triste canção,
que sua alma insiste em ouvir.

Nem todo inverno é pureza,
ou toda primavera é tempestade.

Lá fora, setembro em sua lua crescente,
seguindo de encontro da Vênus amável,
o inverno que começa a partir.
Aflora todo o amor envolvente,
a noite e seu transformar agradável
e a primavera que de longe sorri.

Nem todo inverno é nobreza,
ou toda primavera é crueldade.

Uma chama quente flamejante
lhe disse sobre o verdadeiro amor,
Sim, um anjo ontem lhe visitou.
Transformou em magnitude seu semblante,
devolveu sua coragem, sua cor
e seu desejo renovado ecoou.

Nem todo inverno é tristeza,
porém toda primavera é verdade.