quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Lei, Justiça, Amor e Paz!

Enquanto você dorme indiferente,
a lama impune chega ao mar,
o sangue inocente escorre diariamente,
o escândalo do escândalo para abafar.

Lei, Justiça, Amor e Paz!

Enquanto seu café ainda esta quente,
o suor de escravos é derramado,
você insiste em ser raso e indiferente,
a ele o choro de uma vida toda engasgado.

Lei, Justiça, Amor e Paz!

Enquanto o jovem no sonho insiste,
a fome consumindo parte a parte os alforriados,
você disfarça e apenas existe
e desde que o mundo é mundo, inocentes são crucificados

Lei, Justiça, Amor e Paz!

O vazio dos nossos sentimentos,
o doce ódio deliberado, 
o gosto de morte, o seu tormento, 
sonhos completamente destroçados.

Lei, Justiça, Amor e Paz!

E quando você chegar no fundo do poço,
entenda que sempre pode piorar, 
pois ainda há o volume morto,
pronto e sem piedade pra te afogar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Eu estarei aqui

Que assim seja.
Que seu desejo se realize,
que suas dores acabem,
que sua vida se transforme.

Seja verdadeiro consigo mesmo,
se encontre no silêncio,
cante, grite, dance,
não tenha medo dos seus reais desejos

Que assim seja,
eu estarei aqui.

Não tenha medo falar,
não tenha medo de amar,
de sentir, correr, viver
e muito menos medo de chorar.

Eu estarei aqui,
eu estarei aqui.

O sangue que da sua mão escorreu,
manchou sua branca roupa,
deixou sua alma fosca,
amargurou seu coração,
transformou certeza em indecisão.

Mas eu estarei aqui,
eu ainda estarei aqui.

Nunca se esqueça,
meu pai, meu filho,
meu irmão, meu amigo.
Nunca se esqueça,
minha mãe, minha filha,
minha irmã e minha amiga.
Nunca se esqueça,
meu amor, minha vida.


Eu SEMPRE estarei aqui!

sexta-feira, 27 de março de 2015

Minha poesia morreu

Minha poesia morreu,
virou silêncio tudo aquilo que foi agudo,
deixou de ser grave tudo que era absurdo
e nos médios mundanos se esmoreceu.
Não tenho medo de dizer:
Sim minha poesia morreu!
E sempre direi:
Minha poesia morreu!
Mas eu ser inebriante de muitas faces,
sorrio e choro envaidecido,
transbordo e seco em seu enlace,
caminho e canto sempre decidido.
Morro e renasço todos os dias,
no abismo do cinismo nunca me satisfaço,
transformo em sorrisos o que era agonia,
da tristeza a superação meu mantra faço.
minha poesia morreu,
mas não se abale meu amor,
porque nada nessa vida
fará eu deixar de ser seu.