quinta-feira, 10 de abril de 2014

Eterno abismo

Hoje os azuis outonais não resplandecem,
o inverno esta chegando logo mais
e meu coração sente as dores profundas.
No cinza instigante e eminente
eu juro que estou tentando, eu juro,
mas o cálice da vida só esta cheio pela metade.

Sei exatamente que não fui um grande homem,
existe sim o egoísmo inóspito dentro de mim
e nos momentos de tristeza sou sempre o mal causador.
Sorrisos, alegrias e sentimentos não mais escritos,
a certeza que nunca mais verei alguns amigos,
mas por favor, ainda assim, não desista.

O silêncio que abraça nossos corações e pensamentos
tenta insistentemente causar algum conforto,
porém há ainda o gosto amargo do desgosto.
Entenda, sem medo, por favor me entenda,
que mesmo nos desbotados vermelhos sentimentos
é intacto o verdadeiro e real amor exposto

O fardo da culpa que carrego comigo
ainda insiste em me enforcar todas as manhas,
mas sem você, eu sofro e será sempre nunca mais.
Nessa medíocre vida, há inúmeras maneiras
de se escavar o nosso eterno abismo
ou entender as feridas essenciais.